O Prof. Antonio Ruzza lançou o livro A CRÍTICA DE MACINTYRE À MODERNIDADE: liberalismo, individualismo e teorias da justiça, pela Editora CRV.
A filosofia moral de
MacIntyre e a sua teoria da justiça resgatam a ética das virtudes de
inspiração aristotélico-tomista para superar o caos moral que, segundo
ele, domina a sociedade moderna. Ele atribui a origem desse caos ao
Iluminismo (sendo Kant o seu alvo principal), que destruiu uma tradição
moral consolidada, afirmando a independência e a autonomia do indivíduo
liberto de qualquer autoridade e portador de direitos; eliminou a ideia
de um telos da ação humana; introduziu uma ética fundada em primeiros
princípios abstratos, que desconhece as tradições históricas e as
narrativas nas quais os grupos humanos de reconhecem. A organização
político-social que permite a existência das muitas éticas modernas é o
Liberalismo, produto das Revoluções Francesa e Industrial, que alcançou
sucesso graças à sua eficiência e aos resultados práticos. O
Individualismo é a sua ideologia dominante, que destruiu a ideia de
Comunidade.
Concentrando nosso interesse sobre o problema das desigualdades, mostramos que a proposta macintyriana de um retorno à ética das virtudes (em especial, as da “dependência reconhecida” e da “justa generosidade”) e ao critério do mérito só se aplica a pequenas comunidades, que por natureza são mais coercitivas e controladoras, e violam autonomia, liberdade e independência do indivíduo; mas não resolve o problema das desigualdades em sociedades complexas e não aceita a existência dos direitos humanos. Concluímos que a crítica de MacIntyre se revela como uma análise teórica da desordem moral moderna, e não como um projeto político de transformação, sobretudo porque ele admite que a tentativa de restabelecer uma sociedade nos moldes comunitários seria “ineficaz ou desastrosa”.
Concentrando nosso interesse sobre o problema das desigualdades, mostramos que a proposta macintyriana de um retorno à ética das virtudes (em especial, as da “dependência reconhecida” e da “justa generosidade”) e ao critério do mérito só se aplica a pequenas comunidades, que por natureza são mais coercitivas e controladoras, e violam autonomia, liberdade e independência do indivíduo; mas não resolve o problema das desigualdades em sociedades complexas e não aceita a existência dos direitos humanos. Concluímos que a crítica de MacIntyre se revela como uma análise teórica da desordem moral moderna, e não como um projeto político de transformação, sobretudo porque ele admite que a tentativa de restabelecer uma sociedade nos moldes comunitários seria “ineficaz ou desastrosa”.
Detalhes do produto
Editora: EDITORA CRVISBN:978-85-444-2790-3
DOI: 10.24824/978854442790.3
Ano de edição: 2018
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 344
Formato do Livro: 16x23 cm
Um comentário:
Parabéns pelo Blog...abraço
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